sexta-feira, 17 de maio de 2013

Corredores com cheiro de naftalina, pessoas com cheiro de anos de serviço e leite de rosas, o cheiro do dia maravilhoso de sol esperando pra ser vivido fora dos limites da catacumba do serviço público. Stress, o mal do século! Na cabeça, ecoam frases, "as pessoas tem empregos que não gostam, para ter coisas que não precisam", "o Brasil não funciona, você precisa trabalhar pra sobreviver", "quer viajar sem dinheiro? A vida é difícil, você tem que trabalhar". A passividade com que é possível se acomodar e aceitar o destino de uma vida tão cruelmente rotineira é nada mais, nada menos, do que o resultado do adestramento recebido desde a infância por esse monstro chamado sociedade. A fantástica vida de um assalariado. "Descobriu sozinha, filha?!". Engraçado ver a frustração dos diabinhos transgressores que ainda não morreram asfixiados pela comodidade de uma vida sem surpresas, eles ficam dentro do peito, só apertando o coração e causando dores de cabeça quando a rotina fica muito pesada. "Ah, se eu pudesse fugir! Talvez eu deva encontrar um meio de ser livre", "Que meio?", "Sei lá, posso viver do meu talento", "Mas qual talento? Não deu tempo de desenvolver nenhum, eu estava ocupada demais estudando pro vestibular", "Ainda dá tempo, sempre dá tempo", "Tem concurso mês que vem"... Sabe, pensando bem, nada contra. Por que não gostar de um destino previsível? O que tem de errado em viver de acordo com os padrões? O salário é até bom, dá pra pagar TV a cabo e pedir pizza... É tão mais fácil, tão menos cansativo... E o dia de hoje foi tão longo, tinha uma fila enorme de gente pra atender na repartição... E hoje é sexta, uma cervejinha resolve.

sábado, 20 de abril de 2013

Frida me inspira.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Tá vivo.

 
Estou reativando meu diário, eu acho.



"Figura só" - Tarsila do Amaral

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A vida mais ou menos perigosa - Ignorais absolutamente o que vos acontece, correis como bêbados pela vida, caindo de tempos em tempos de uma escada. Mas graças à vossa ebriedade, não partis os membros, vossos membros estão muito fatigados e vossa cabeça obscura para que acheis a pedra desses degraus tão dura quanto para as nossas! Para nós a vida é um grande perigo: somos de vidro... infelizes de nós se esbarramos em algo! Tudo acabado se caímos.

A Gaia Ciência. Friedrich Nietzsche.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

- Caro amigo, saúdo a aproximação do glorioso horário do almoço. Padeço de dor sem precedentes. Sinto com se houvesse achegado-se incerta coisa a minhas entranhas, ulcerando-me, corroendo-me, estalando ultrajante prélio por entre minhas vísceras. Estas urgem pela refeição.
- ah, você tá com fome.


Parece ser esse o objetivo de alguns textos que facilmente encontrados por aí. Enrolar. Mascarar com prolixidade a falta de conteúdo. Realmente invejo aqueles que sabem utilizar as palavras e que de fato as utilizam - talento esse, aliás, que sempre ansiei ter, para viver da literatura que é uma das minhas paixões. Entretanto, não é de saber usar palavras que se trata, não é de floreios, rococós, nem tantos enfeites pra idéias vãs de que o mundo precisa. É de raciocínio, ideia, alma. Ainda que a escrita seja simples, ainda que não se use palavras esdrúxulas cujo significado só é conhecido se procurando-o no dicionário, basta que se tenha algo relevante pra passar adiante.
Opinião.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

As sete fases da semente da criação


O Todo
O Ser se separa do Todo
O Ser se separa dos outros Seres
O Ser se separa de Si mesmo
Kaos
O Ser se encontra em Si mesmo
O Ser se encontra nos outros Seres
O Ser se encontra no Todo




Li no site do músico Fernando Sardo

domingo, 12 de junho de 2011

Nossa , como eu sinto falta de escrever. Nem sei se ainda lembro como se faz.
Aliás, alguma vez eu soube?